sexta-feira, 25 de maio de 2012

Maria Serva do Divino

           Estamos no mês daquela que disse sim ao plano de Deus, um jeito de se prestar a vontade daquele que a criou, procurando ser fiel ao projeto do Divino. Tornando-se o grande exemplo para toda a humanidade.
           Festejar a Senhora do Divino, no mês de maio, sendo uma devoção popular, onde o povo proclama Bem aventurada, aquela que acreditou na Palavra eterna. É uma expressão de carinho, reconhecimento e louvor as graças recebidas por sua interseção.
Proclamar Nossa Senhora, esposa do Divino é atualizar este fato tão importante para a humanidade, onde redimida pelo seu Filho Amado e do Pai eterno. Confirma que tal realidade significa, compromete-se como  ela com a missão de propagação do reino do céu.
          O catecismo nos ensina que Deus é único. Não há muitos deuses. Mas um só. Deus é único. Mas não solitário.
          Em Deus há três pessoas. A pessoa do Pai. A pessoa do Filho. E a pessoa do Divino Espírito Santo.
Pois toda ação divina é ação substancial. De modo tal que a pessoa do Pai é diferente da pessoa do Filho. A pessoa do Espírito Santo é diferente da pessoa do Pai e do Filho.
Sendo que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um único Deus.
Esta verdade nos foi revelada por Jesus Cristo, filho de Maria. Este mistério ultrapassa de modo infinito a nossa pobre inteligência criada.
            O Espírito Santo é o mesmo AMOR que há entre o Pai e o Filho.
“Nossa Senhora: o amor humano, o mais puro de toda a criação, que se eleva até Deus” (Card. Suenens).
Sendo o Espírito Santo a manifestação do Amor de Deus, a Encarnação do Verbo, devia dar-se pela ação do Espírito Santo.
Naquele mesmo instante, o Espirito Santo desceu sobre o Maria, como falou o anjo transmitindo a mensagem e Ela concebeu o Filho de Deus segundo a carne. “ E o verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).
           É uma Ação de amor operada pelo Espírito de Amor, que tornou possível tudo isto, possível a Encarnação do Filho.
Sim, é por amor que o Pai manda o Filho ao mundo. É por amor que o Filho se dá, entregando-se ao mundo.
Então o coração de Maria se tornou como o Santuário do Divino Espírito Santo. E aí, entende- se o por que Maria é chamada de Esposa do Espírito Santo, no sentido que Ela, foi instrumento apto e puro à Encarnação do Filho de Deus.
           E o Espírito Santo continua fecundando a Igreja, porque o que aconteceu com Maria não foi meramente histórico.
            Em Mateus podemos ver outra vez afirmação da maternidade divina de Maria. Na perícope do anúncio feito a José seu esposo pelo anjo (Mt 1,18-25), é falado que o menino que vai nascer do ventre virginal de Maria “ salvará o seu povo de todos os pecados”. A expressão “o seu povo” remete, mais uma vez, à condição divina daquele que vai nascer. E o mesmo povo escolhido por Deus que o Antigo Testamento chama “o povo de Javé”. Hoje, é o povo do Novo Testamento, fiel a herança, o povo de Jesus, e, portanto um novo povo, de judeus e pagãos, o novo Israel em pessoa, que é Jesus, Deus feito homem.
             A maternidade divina de Maria a torna assim, segundo Lucas, a nova Arca da Aliança. Assim
como, o segundo livro de Samuel (2Sm 6,2-16), a Arca da Aliança é transportada e viaja de Baalã de Judá a Jerusalém e é acolhida pelo povo com exultação e alegria, reconhecida como benção e venerada com santo temor, assim Maria, nova arca, que caminha até a casa de Isabel, é saudada como bendita e venerada em sua maternidade como “ a mãe do Salvador”.
                                                                                                  
                                                            Côn. Severino Fernandes

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