Ao assistir alguns programas de tv e folhear alguns jornais de grande circulação no país nos últimos dias o tema jogado a tona é o mesmo: Crimes, bulling, étero, bi, tri, trans, união homofobica, discriminação etc... A todo instante estamos sendo bombardeados por apologias ao subjetivismo catastrófico dos tempos modernos que em nome da “liberdade humana” coloca-se como defensora dos poucos, fracos, oprimidos e excluídos da sociedade.
Diante de tudo isto, que a nós se coloca, fico a imaginar o fruto que dentro em breve vamos colher deste tsunami cultural, que tem invadido nosso éthos, propondo-nos tantos desafios. Não podemos ficar de braços cruzados em meio a esta violenta revolução. É preciso se tomar uma postura diante aos fatos que querem enraizar-se na sociedade, mas, esta deve ser uma postura sem o veneno da ignorância. Regida por uma razão sadia.
Para tanto algumas perguntas devem compor nossas discussões: O que realmente está acontecendo? Por que aqueles que clamam por liberdade são os primeiros a criar um vocabulário exclusivista? Que pretensão é esta de querer a igualdade exigindo leis que coloquem homens diferentes dos outros somente por que estes fizeram uma opção diferente daquele? Como exigir da sociedade um respeito a um modo de vida que dentro de sua conduta moral e uma negação? Enfim que está acontecendo?
Nós queremos cotas, dizem uns, nós queremos nos casar, dizem outros, nós queremos respeito dizem todos! Como conciliar interesses particulares com uma gestão publica de unidade? É o auge do Relativismo! Estamos diante do nascimento de um novo jeito de comunidade (comum - unidade); trata-se da fundação de uma “incomundivisão”. E a civilização em nome do desenvolvimento caminha para a sua autodestruição.
Este aniquilamento tem uma organização: o ataque começa com a família, alicerce de tudo. É mexendo nas bases que todo edifício desmorona. Depois a Igreja. Para muitos a dispensa da consciência só acontece quando derrubamos este referencial moral. Não há tranquilidade se alguém grita ao nosso ouvido mostrando os nossos erros. Sem estes dois parâmetros de conduta, ficamos a mercê do acaso, vivemos regidos pela sorte, legislados pelo relativismo, organizados por desvalores.
Creio que isto possa explicar a crise que enfrentamos nos últimos tempos. Explica também os sérios problemas sociais: a violência, os vícios, a cegueira de distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso. Até mesmo as nossa linguagem não significa mais nada. Perguntamos hoje: o que é o amar? Responderão: é o cruzamento sexual, é estar bem, é ter liberdade, é poder ficar com quem eu quiser, é estar apaixonado, é até mesmo um bombom dado de presente no dia dos namorados. As palavras não são mais capazes de ser signo do sentimento, não por que este a transpassa, mas por que se algo é tudo ele não é mais nada.
Faltam valores e valores universais. Algo que associe e organize as pessoas. Chega de criar babel! Chega de percas, vamos agora construir para continuarmos com o paladar moral sadio. O primeiro passo é reconhecer que antes das leis positivas civis existe uma lei divina eterna, criada por Deus e expressa na natureza das coisas. Toda a criação deve ser um reflexo desta organização. Assim o próprio Criador quis ao submetermos a uma natureza.
A partir disto podemos julgar tudo o quanto é contrário a este ordenamento de inatural, anormal, de desequilíbrio, patologia. Que deve ser tratado e curado. É inadmissível do ponto de vista racional a imposição de direito constitucional para algo desta índole. Por outro lado a pessoa tem o direito de escolha. É ela a responsável se quer permanecer na doença ou não, mas a medida em que atenta para a própria vida é dever de o estado garantir-lhe um apoio. O rapaz que quer cometer suicídio não está em si, deve ser impedido de fazê-lo, da mesma forma ações que são contrárias a vida de todos devem não somente ser proibidas, mas punidas pela autoridade competente.
Também cabe alertar para outro problema; a concepção de uma lei de minoria vai contra a própria definição de lei como uma determinação da razão em vista do bem comum. Portanto ela é uma contradição. Sem sentido, sem principio, nula, sustentada somente pela espada.
É preciso nunca perder de vista nosso referencial: Deus. Se para nós Ele morre nada mais se sustenta. É dEle que emana a luz que ilumina as trevas dos nossos dias. É ao aproximarmos dEle que somos melhores. Quanto mais distantes de Sua abundancia piores ficamos. Sua marca está em nós, é indelével! É graças a Ele que temos os dois maiores patrimônios a preservar: a Família, por Ele instituída sobre o matrimonio, a Igreja por Ele fundada sob a Rocha. Não são convenções humanas, são instituições divinas. O homem não pode ter direito de modifica-las, pois, não tem autoridade legítima para tanto.
Sem família não temos filhos, sem Igreja não temos valores. Sem filhos, nem valores, nós nem somos nem seremos nada! É duro, mas é a mais pura realidade. Se não conseguirmos salvar a futuro da humanidade lá no fim, quando vermos que a vida continua após a morte, será tarde de mais.
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