segunda-feira, 11 de outubro de 2010


1ª FESTA DA COMUNIDADE DE SÃO FRANCISCO



texto: Fábio do Monte                            
revisão final: Aurélio Ramos (PASCOM)





Nove de outubro (2010) marcou o fim da 1ª Festa de São Francisco, uma história que, esperamos, seja forjada no exemplo de São Francisco de Assis. 
Rogo ao Senhor que essa nova comunidade, localizada na Cidade de Deus, Lourenço de Albuquerque, siga o exemplo do nosso amado pai Francisco e cresça em obediência, humildade e entrega ao evangelho.

Os Santos

No principio, a Bíblia reservou a Javé o título de “Santo”, palavra que tinha então um significado muito próximo ao de “sagrado”: Deus é o “Outro”, tão transcendente e tão longínquo que o homem não pode pensar em participar da sua vida. Diante de sua santidade o homem não pode deixar de ter respeito e temor.
Os homens mais esforçados tomaram logo consciência da insuficiência de tais meios e procuraram a “pureza de coração”, capaz de fazê-los participantes da vida de Deus. Esta aspiração se realiza no Cristo; ele irradia de Deus; sobre ele repousa “o Espírito de santidade”; ele reivindica o título de “santo”.
Também as festas dos Santos estão integradas no Ano litúrgico. Nelas, a Igreja celebra o mistério de Cristo prolongado e completado na vida da Igreja. Neles, revela-se o mistério de Cristo e a ele conduzem. Neles, realizou-se a Páscoa, pois por Cristo e no Espírito Santo, passaram deste mundo ao Pai.
No culto dos santos, que no fundo é culto prestado a Deus mesmo, podemos distinguir três aspectos. Primeiro, a Igreja dá graças a Deus, admirável nos seus santos. Ele é vencedor também nos seus membros, os que com Cristo e na força do Espírito Santo deram testemunho do Cristo e a ele foram fieis até a morte.
Segundo, os santos são vistos como modelos a serem imitados. Cada um a seu modo eles revelam aspectos diferentes da mensagem do Evangelho. Assim, podemos dizer que os santos constituem como que o Evangelho vivido.
Temos por ultima, o aspecto da intercessão. Lembrando a Deus os feitos dos santos, eles tornam-se presentes diante dele e assim os santos estão intercedendo junto a Deus. Este aspecto é conseqüência dos dois anteriores. Logo entendemos os santos não como nossos ídolos, e sim, maravilhas de Deus. Que rogue por nós os santos!
Em nossa paróquia celebraremos durante este mês, vários santos e santas, oferecemos grandes louvores aos nosso Deus.


Cônego Severino Fernando
Pároco



SEDE SAL E LUZ NO MUNDO

“Vós sois o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5, 13-14). Com esta analogia o Senhor nos convida a sermos autenticas testemunhas de seu amor. É nela que vamos meditar neste texto expondo a profundidade de suas palavras e o alcance que devem tomar o nosso coração. O que pode nos dizer hoje estas palavras?
Primeiro vejamos a importância do sal para nossas vidas. Nisso podemos dizer que é indispensável seu uso no nosso dia a dia. Ele dá sabor à comida, é tempero. Em alguns lugares na ausência de um refrigerador enchia-se a carne de sal para conservá-la. Na Europa é comum nos países muito frios jogar sal na estrada para derreter o gelo e evitar acidentes de trafego. Ainda é um antiácido que evita as dores de estomago.
Agora pensemos na luz. O que faz? Dissipa as trevas da noite. Ilumina as estradas do mundo. Dá segurança em meio à escuridão e confusão. Permite-nos distinguir as cores, os rostos, as misérias e as alegrias dos nossos irmãos.
Podemos nos perguntar: por que nos pede o Senhor que sejamos assim? O que Ele quer dizer com sal e luz? Responder esta pergunta não é fácil, mas depois de termos vistos a importância destes dois elementos podemos extrair os seguintes ensinamentos: Como o sal, demos o verdadeiro sabor, evitemos que a carne se corrompa, derretamos o gelo dos corações, acabemos com a acidez da soberba e da ignorância. Como a luz, iluminamos o mundo com a luz da verdade, sejamos a segurança em meio a escuridão e a confusão, enxerguemos as lagrimas dos tantos que choram e as misérias dos sofredores.
Temos que ter cuidado. Mesmo com todos os benefícios eles, se mal usados, podem causar um efeito contrário. Sal de mais pode tirar o sabor da comida. Se nossa vida perde o sabor fica sem sentido. Se é pouco vai se diluir e se misturar aos outros sabores. Diluídos nos misturaremos ao mundo. Alem disso o seu excesso pode provocar mal estar. Já a luz. Pode deslumbrar-se e querer brilhar sozinha pela sua vaidade e “estrelismo” e assim pode até tentar apagar a luz dos outros para que a sua brilhe mais.
No antigo testamento o sal tem um sentido consacratório. Deus chama Moises a tenda da reunião e dar-lhe instrução de como deveriam ser feitos os sacrifícios. Dizia ele que para a oblação chegar a Deus tinha que ter muito sal (Lv 2,13). Também a luz há muito é conhecida para os magos é o sinal da vinda do messias.
Ser sal e luz deve ser a nossa missão. Temos que dar sabor a este mundo evitando que ele se corrompa caindo nas ciladas do encardido. Levemos o sabor da pureza e a clareza da verdade, Iluminemos todos os lugares com o Cristo e assim distinguindo o bom do ruim, o bem do mal. Construamos a sociedade do amor.


Seminarista Rafael dos Santos
Bacharelando em filosofia 
Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil, São Paulo – SP